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Essa coisa de fazer o mundo acreditar

Oi, gente… estou um pouco atrasada, né? Mas aqui estou! rs

Eu tenho a tendência de ter tolerância zero aos comentários preconceituosos quando o assunto é adoção.  Não quero que faça parte da minha vida, da vida de meu filho(a) pessoas com esse tipo de discurso. Mas eu não brigo, eu só avalio que talvez seja melhor deixar essa pessoa fora do meu círculo de convivência.

E é bem fácil saber o que alguém pensa sobre adoção. É só você falar que quer ou vai adotar e a pessoa imediatamente emite uma opinião. Dá pra ler bem direitinho a reação de cada um, seja através das palavras ou simples linguagem corporal. Acho que dá pra contar nos dedos as reações mais neutras, do tipo, ah, legal, e pronto. Sempre tem uma história pra contar, uma opinião, um conselho, um aviso pra dar (como se a gente tivesse precisando).

Claro que todos nós temos preconceitos, coisas do senso comum que a gente nunca problematizou, só reproduzimos discursos sem parar pra pensar de verdade. Por isso que dependendo do quão importante alguém é pra mim, levo esse tempo de espera tentando mostrar meu ponto de vista, o que a adoção significa pra mim, para que aos poucos, os preconceitos sejam quebrados.

Mas hoje me dei conta de uma coisa, não adianta excluir da minha vida pessoas que fazem comentários desnecessários, porque não posso proteger meu filho ou filha do mundo, não cem por cento. E o fato é que o senso comum é que os laços biológicos são mais valiosos, que famílias adotivas são inferiores, estigmatizadas. O trabalho que temos que fazer, como pais, é para que nosso filho(a) não duvide nem por um segundo, por mais vezes que se escute o contrário, do nosso amor e da legitimidade da nossa família.

“Mas talvez você não entenda essa coisa de fazer o mundo acreditar / que meu amor não será passageiro/  te amarei de janeiro a janeiro até o mundo acabar.” (Roberta Campos)

Abraços e até mais!

“Cada dia mais perto.”

9 comentários em “Essa coisa de fazer o mundo acreditar

  1. Passei ontem a manhã toda vendo se tinha post novo aqui! rsrs

    Eu vi um relato de duas mães diferentes que adotaram seus bebês (meninos, negros, doenças tratáveis) com 30 dias de habilitação aqui no Rio. Chegou a ir lé ver seu processo? Pq pelo que você me falou, caberiam no sue perfil. Se for o caso deve estar muuuuuuito perto de você ser chamada!

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  2. É muito frustrante se pararmos para pensar nessas pessoas, pois infelizmente o preconceito existe e muito!!
    Sou dessas que tenho vontade de me afastar se percebo um pingo de preconceito..mas sei e entendo que nosso papel é preparar quem realmente vai conviver com nossos filhos pelo menos, pq desmistificando esse assunto com as pessoas que vão estar perto, mesmo que fora nossos filhos vierem a sentir algum preconceito, isso não fará diferença diante do amor e segurança que receberam dos pais e pessoas q os amam.
    E é com isso que devemos nos importar!
    O amor alicerça tudo.

    Bjoo.

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  3. Oi linda!! sempre estou nas espera de novos post!! s2 #amo
    Esse tema já refleti varias vz. E sou “coração bom” e tento pensar que é por ignorância que muitas pessoas fazem comentários desnecessários.
    Quer me ver mordida (você sabe q tento engravidar) quando uma pessoa fala… ai vc vai conseguir tenha fé e nem vai precisar adotar; AFFF me irrita profundamente, como uma coisa excluísse a outra né!
    Mas como você disse, vamos dar amor e torço muito para que esse amor afaste o mal. 🙂

    “O trabalho que temos que fazer, como pais, é para que nosso filho(a) não duvide nem por um segundo, por mais vezes que se escute o contrário, do nosso amor e da legitimidade da nossa família.”
    disse tudo… desejo o mesmo!! s2

    linda semana! bjos

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    1. Eu também adoro acompanhar seu blog, sua história e adoro os cometários aqui. s2
      Mas nossa, as pessoas são mesmo muito sem noção Também acho que algumas pessoas falam por ignorância mesmo.. na verdade, o preconceito e a ignorância andam juntos, né ?

      Bjossss

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